sábado, 5 de junho de 2010

Ludwig van Beethoven

Diz-se que depois de Beethoven aquilo a que chamamos música clássica nunca mais foi a mesma. As obras musicais que compôs não obedeciam às regras que se seguiam no seu tempo e exprimiam toda a sua paixão pela Natureza, pela liberdade e pelos direitos humanos.

Beethoven admirava tanto Napoleão Bonaparte que lhe dedicou uma das suas sinfonias: a Heróica. Mas quando soube que Napoleão se tinha proclamado imperador, rasgou a dedicatória que lhe tinha feito.

Ludwig van Beethoven nasceu em Bona, em 1770, e morreu aos 56 anos, em Viena. Aos 26 anos descobriu que tinha uma grave doença nos ouvidos, que foi sempre piorando e que o fez ficar quase surdo. Mesmo assim, conseguia tocar, imaginar e escrever muitas peças de música, apesar de se sentir muito triste com a sua doença, que o levava a afastar-se das pessoas pela dificuldade que tinha em ouvir. Beethoven estudou e viveu em Viena de Áustria numa altura em que a Europa vivia as invasões francesas de Napoleão Bonaparte. E nessa passagem do século XVIII para o século XIX vivia-se também a passagem dum período cultural conhecido por classicismo para outro a que se chamou romantismo – e considera-se que Beethoven foi um dos fundadores do romantismo na música.

Ludwig van Beethoven nasceu numa família de artistas: o seu pai era músico e cantor e foi ele o primeiro a ensinar música ao filho – aos 5 anos Beethoven era obrigado a estudar piano durante várias horas por dia. Aos 8 foi confiado ao melhor mestre de cravo da cidade, que lhe deu uma óptima formação musical, e aos 11 compôs as suas primeiras obras. Quando foi para Viena, estudou com outro célebre compositor, Joseph Haydn, tornou-se um pianista famoso e foi, também, violoncelista e professor. Fez um curso de Literatura e tornou-se amigo de grandes poetas, como Schiller e Goethe.

Uma das suas obras mais conhecidas é a Nona Sinfonia, que apresentou uma grande originalidade para a época: tinha um coro, o que até aí não tinha acontecido em nenhuma obra sinfónica. Uma das músicas que Beethoven inventou para esse coro é hoje o hino da Europa – chama-se Hino da Alegria e o texto é a adaptação dum poema escrito pelo seu grande amigo, o poeta Friedrich Schiller. Beethoven foi considerado o maior compositor do século XIX.


Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rasto de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!

Parte da Ode à Alegria, de Friedrich Schiller


Fonte principal: Texto de Sofia Barrocas,
in Terra do Nunca
[Suplemento infantil do Jornal de Notícias]

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